terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Pule

Ele disse: "Você quer fazer poesia de verdade?" e eu respondi que sim. "Então pule de cabeça", foi o que ele respondeu, olhando para o lado e para baixo, através da ponte. Todos os relógios pareciam tocar neste momento, ao menos dentro da minha cabeça. Eu morreria se pulasse, mas não foi isso o que falei, só pensei. Ele parecia ter ouvido os meus pensamentos e olhando atentamente dentro dos meus olhos, sorriu de uma forma ligeiramente inescrupulosa e balançou a cabeça sinalizando um "sim".

Um comentário:

D. F. C. disse...

As vezes algo de nós precisa morrer para que aquilo que vale a pena tenha a chance de renascer...